segunda-feira, 27 de abril de 2009

1º de Maio


Foi à 35 anos que pela 1ª vez se comemorou o ferido do 1º de Maio: "O dia do Trabalhador". segue-se um artigo de um jornal da época, que tenta descrever os acontecimento desse dia:

Lisboa, 1 de Maio de 1974
" O povo saiu à rua para comemorar o Dia do Trabalhador e a Revolução. Foi uma manifestação grndiosa, que uniu pessoas de todas as condições, de Norte a Sul do País.
Em Lisboa, o entusiasmo atingiu o delírio no Estádio da FNAT, que passa a chamar-se Estádio 1º de Maio.
Foram particularmente significativos os discursos do Dr. Mário Soares, que proclamou a aliança dos partidos dos trabalhadores (Socialista e Comunista), e do Dr. Álvaro Cunhal, que evitou definir estratégias partidárias, mas acentuou a necessidade da organização partidária do povo trabalhador e a importância de uma aliança entre os trabalhadores e o Movimento das Forças Armadas.
A tónica «Povo-MFA» é, desde agora, uma das ideias centrais da realidade política.
Enquanto os oradores discursavam, movimentavam-se pequenos grupos entre a multidão e entoavam o slogan: « O povo unida jamais será vencido.»
Estas palavras, depressa aprendidas, foram a seguir vozeadas por um coro imenso e unânime.
O sentido histórico da data de hoje parece ser o de que o autor e herói da Revolução é o povo unido."
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quarta-feira, 22 de abril de 2009

25 de Abril de 1974





A Democratização de Portugal


A Revolução do 25 de Abril derrubou o Estado Novo e fez renascer em Portugal uma República plena de ideias novas e democráticas que o General Spínola (Junta de Salvação Nacional) leu à população ainda os cravos estavam viçosos.
Enquanto não foi redigida a nova Constituição (1976), iniciou-se o processo de rumo à democratização do país com extinção da PIDE/DGS (Policia Política) e da censura, a marcação das eleições legislativas e a discussão sobre o fim da guerra colonial.
Portugal reconheceu a independência das colónias e negociou a sua descolonização (1975).
Realizaram-se as primeiras eleições livres para a Assembleia Constituinte, em 25 de Abril de 1975, na qual participaram mais de 90% dos cidadãos.
A estas eleições concorreram vários partidos políticos. Os deputados eleitos trabalharam na elaboração da Constituição que foi aprovada pela maioria da Assembleia, sendo publicada a 2 de Abril de 1976.

Esta Constituição de cariz democrático deu a todos os portugueses DIREITOS, LIBERDADES e GARANTIAS individuais e de cidadania.
Já no ano 2000, Portugal foi visto como uma República Democrática pertencente a União Europeia, rumo ao FUTURO.


SÍMBOLOS E IMAGENS
Marcam o dia da Revolução e figuram na galeria da nossa memória colectiva. A Revolução dos Cravos, Grândola, Vila Morena, Salgueiro Maia, "O Povo Unido Jamais Será Vencido"... são algumas dessas memórias. Aqui podes encontrá-las. http://www.scribd.com/doc/13893014/SIMBOLOS-formacao

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Abrilada


O mês de Abril é para nós portugueses símbolo de revoltas em relação ao poder instituído. Exemplo disto temos a Revolução do 25 de Abril de 1974, da qual falaremos na próxima semana, mas também a tentativa levada a cabo pelo Infante D. Miguel a 30 de Abril de 1824, de acabar com o regime Liberal instituído através da Revolução Liberal de 1820.

Assim neste dia, ao romper da manhã, altas personalidades da corte e do governo (Marquês de Palmela, os Condes de Vila Flor e de Paraty assim como outros fidalgos e militares) foram presas. O Conde de Subserra(ministro da guerra) recebeu ameaças de morte, só não tendo morrido, por ter sido salvo pelo embaixador francês, Hyde Neuville. Era claro o propósito de eliminar os mais fiéis e mais próximos colaboradores do rei.
Durante 9 dias perseguiram-se todos aqueles que demonstravam simpatia pelas ideias moderadas/Liberais.
D. Miguel chegou a ordenar o bombardeamento(dezasseis tiros de canhão, disparados do forte de São Julião da Barra) de uma fragata inglesa, onde se encontrava refugiado o ministro da guerra, o Conde de Subserra.
O rei protegido pelo corpo diplomático, refugiou-se a bordo, de uma outra, fragata inglesa, de onde, no dia 9 de Maio, demitiu o infante D. Miguel do cargo de comandante-em-chefe dos exércitos, exigiu a sua rendição e a libertação dos inúmeros prisioneiros políticos, encarcerados desde 30 de Abril.
O golpe falhou. As tropas foram fiéis ao Rei. D. Miguel foi coagido a abandonar o país. O pretexto é viajar pelas cortes da Europa, mas na realidade é um exílio forçado.

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