sábado, 28 de fevereiro de 2009

HOMENAGEM A UM PATRIOTA


No próximo dia 26 de Abril, o Papa Bento XVI vai canonizar, em Roma o Beato Nuno de Santa Maria, mais conhecido como D. Nuno Álvares Pereira (Condestável de Reino). Este Homem através do apoio incondicional a D. João I e do se génio (Táctica do quadrado), permitiu que Portugal se mantivesse independente e escreveu uma das mais honrosas páginas da nossa história: a Vitória na Batalha de Aljubarrota.

O Departamento de Ciências Sociais e Humanas, através deste modesto artigo, rende a este grande vulto da história a sua homenagem.

Seguem dois artigos sobre alguns dos seus muitos feitos:


PÂNICO NO ALENTEJO, NUNO ÁLVARES CAPITÃO


Lisboa 1834

" Chegaram ao Alentejo notícias dos muito danos que as tropas castelhanas vêm fazendo nas terras fronteiriças de Entre Tejo e Guadiana. Cortam vinhas e olivais, estragam as searas, espalham o medo por toda a parte. Os povos pedem ajuda.

Contra o conselho do Doutor João das Regras, que propunha um capitão mais experiente das coisas da guerra, o Mestre escolheu Nuno Álvares Pereira, um jovem fidalgo filho de D. Álvaro Gonçalves Pereira, Prior do Hospital, e neto do grande arcebispo de Braga D. Gonçalo Pereira. Nuno Álvares Pereira desde o início da crise pôs-se denodadamente ao lado do Mestre, e foi o único membro da alta nobreza que tomou tal atitude"



OS CASTELHANOS ATACAM NO SUL


Fronteira, 6 de Abril de 1834


"Fortes contigentes de cavalaria castelhana penetraram no Alentejo e devastaram as regiões fronteiriças. Nuno Álvares foi ao seu encontro com a sua pequena hoste de camponeses mal armados e, no sítio dos Atoleiros, perto da vila de Fronteira, deu batalha aos esquadrões invasores e desbaratou-os. Esta vitória deve-se à táctica usada pelo capitão português, que dispôs os seus homens em quadrado no terreno e aguardou que o adversário o atacasse. A cavalaria senhorial não conseguiu levar a melhor sobre a infantaria popular.

Este Nuno Álvares «foi o primeiro que da memória dos homens até este tempo fez batalha pé terra em Portugal e venceu», isto é, foi o primeiro a opor a força popular da infantaria às tropas senhorias que lutam a cavalo."


In Diário da História de Portugal, das Selecções do Reader's Digest


Para mais informações sobre D. Nuno Álvares Pereira clique AQUI.

Receitas de Botica

Se está cansado de remédios, e acha que os químicos não estão a ajudar, eis algumas receitas que datam do século XIII:

Para Dores de Dentes:

- Sumo de pepino no ouvido ou leite de cadela.

Para a Diarreia:

- Pés de Perdizes torrados e esmagados com vinho.

Para a Inflamação da Vista:

-Semente de funcho, erva arruda e vinho branco.

Para o Reumatismo:

- Papas de Linhaça galega em pano de lã sobre aquela parte que doer.

Se resulta não sei, mas pelo menos está muito "in", pois são só produtos naturais!!!!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

O Carnaval- origem e curiosidades

Pesquisa e trabalho realizado por: Rafael Alves, Rui Pedro, Diogo Melo e Tiago Pereira, 7º D


Os gregos e os romanos comemoravam as suas colheitas (saturnais a 17 de Dezembro e lupercais a 15 de Fevereiro), através das quais deram origem às festas do carnaval.


O Carnaval Pagão começa quando Pisistráto oficializa o culto a Dionísio na Grécia, no século VII a.C. e, termina, quando a Igreja Católica adopta a festa em 590 d.C.
O Carnaval Cristão passa a existir quando a Igreja Católica oficializa a festa, em 590 d.C. Antes, a instituição condenava a festa pelo seu carácter “pecaminoso”. No entanto, as autoridades eclesiásticas da época viram-se num "beco sem saída" e já não era possível proibir o Carnaval. Foi então que houve a imposição de cerimónias oficiais sérias para conter a libertinagem. Mas esse tipo de festa contrariava as características do Carnaval: o riso, a brincadeira...
Só em 1545, no Concílio de Trento, que o Carnaval é reconhecido como uma manifestação popular de rua. Em 1582, o Papa Gregório XIII transforma o Calendário Juliano em Gregoriano e estabelece as datas do Carnaval.
O cálculo é um pouco complexo. Determina-se o equinócio da primavera, que ocorre entra os dias 21 e 22 de Março no hemisfério norte. O domingo de Carnaval é sempre no 7º domingo que antecede ao domingo de Páscoa.
Ao longo dos tempos o Carnaval foi marcado por acontecimentos pitorescos, por exemplo:
- Em Palermo, na Itália, o costume de atirar ovos e fruta podre a quem passava na rua foram proibidos no final do século XVI. Mas as mulheres continuaram a poder atirar água da janela aos transeuntes, mas tinha que ser limpa...
- Na Alemanha, em Wutemberg, a segunda-feira de carnaval era sagrada para as mulheres, que ficavam donas da cidade durante todo o dia, enquanto os homens ficavam em casa, impedidos sequer de as observar a partir da janela. As mulheres tomavam conta do edifício da Câmara Municipal, onde o burgomestre e os conselheiros - os únicos homens admitidos - eram obrigados a servir-lhes salsichas e cervejas.
- O Carnaval brasileiro surge em 1723, com a chegada de portugueses das Ilhas da Madeira, Açores e Cabo Verde. A principal diversão dos foliões era jogar água nos outros. O primeiro registro de baile é de 1840.












sábado, 14 de fevereiro de 2009

APRENDER A JOGAR

Queres estudar de maneira divertida?

Se és aluno do 5º e 6º ano e tens de estudar para a disciplina de HGP, podes agora aprender de forma divertida.
Basta clicar AQUI e tens acesso a um conjunto de passatempos, sobre os conteúdos que os teus professores estão a dar nas aulas.
DIVERTE-TE.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

PROIBIDO DEIXAR CAIR CASAS

INCRÍVEL, como passados 645 anos da notícia que se segue, o problema se mantem tão actual em algumas das nossas grandes cidades.
O mais chocante é que nos tornámos, com o passar do tempo, mais desleixados e menos cumpridores da lei.
Será que este problema se prende com o facto de existirem cada vez menos Homens-Bons?


Santarém, Fevereiro 1364

" O estado de conservação das boas casas de Santarém tem preocupado grandemente os homens-bons do concelho.
De facto, têm visto o seu património degradar-se sem que os donos respectivos se preocupem com o estado em que se encontram as suas casas. Por isso queixaram-se ao rei D. Pedro, que assim determinou:
«As casas que as ordens, e abades, e igrejas e priores delas e cavaleiros e outras pessoas têm nessa vila, nas quais eles e os seus costumam pousar, não foram conservadas, encontram-se agora em tão mau estado que os seus donos se vão a pousar em casa de outras pessoas, sem curarem de pôr as suas em bom estado. Por isso mando que os senhores delas as refaçam a partir do primeiro de Março e com o prazo de um ano para as obras.
E se o não fizerem que sejam vendidos tantos dos seus bens quanto for necessário para pagar essas obras, que o meu vassalo Domingues Anes, morador e vizinho dessa vila, fará cumprir"

in Diário da História de Portugal, Selecções do Reader's Digest

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Humberto Delgado


Faz esta semana 44 anos que foi encontrado perto de Badajoz o corpo daquele que ficou para a História como o "General Sem Medo".

Crime Político

Badajoz, 13 de Fevereiro de 1965

" Foram encontrados dois cadáveres, no campo de Villanueva del Fresno, a 3 Km da fronteira portuguesa. Segundo investigações já efectuadas, trata-se dos corpos do general Humbert Delgado e da sua secretária, a brasileira Arajir Campos.
Não estão esclarecidas as circunstâncias do crime. A censura é extremamente rigorosa a este respeito. É certo que alguém matou o General Sem-Medo, em torno de cujo o nome militava uma parte da oposição ao actual regime político português.
Atribui-se o crime à PIDE, mas não falta quem queira encontrar outras explicações."

in Diário da história de Portugal, Selecções do Reader's Digest


Humberto Delgado personifica a oposição ao regime ditatorial de Salazar, que vigorou no nosso país entre 1933 e 1974.
A sua candidatura a Presidente da República em Maio de 1958, contando com o apoio da oposição, fez tremer o Salazarismo e entusiasmou a população.
Devido à manipulação dos resultados eleitorais, acabou por vencer o candidato do governo, o Contra-Almitante Américo Tomás.
Humberto Delgado, perseguido pelo governo, refugiou-se no Brasil.
Acabou por ser vítima de uma armadilha política, que o leva à fronteira espanhola, onde será assassinado, conjuntamente com a sua secretária.


Para mais informações cilque AQUI

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Visita de Estudo - Aljubarrota

No próximo dia 25 de Março 2009, as turmas do 8º E/F irão visitar o Campo Militar de São Jorge, onde ocorreu a Batalha de Aljubarrota, seguindo para o Mosteiro da Batalha (monumento erigido devido à vitória portuguesa nesta batalha).

A visita insere-se no âmbito da disciplina de História e está a ser promovida pela professora Teresa Ferreira do Amaral.
O Campo militar de S. Jorge

" O campo de S. Jorge testemunha o local onde se travou, a 14 de Agosto de 1385, uma das raras grandes batalhas campais da Idade Média entre dois exércitos régios e um dos acontecimentos mais decisivos da história de Portugal. À escala medieval, considera-se um acontecimento da maior importância política, diplomática e militar. No campo militar significou a inovação de uma tática, onde os homens de armas apeados foram capazes de vencer a poderosa cavalaria medieval; No campo diplomático, permitiu a aliança entre Portugal e Inglaterra, que perdura até aos dias de hoje; No aspecto político, resolveu a disputa que dividia o Reino de Portugal do Reino de Castela e Leão, permitindo a afirmação de Portugal como Reino independente. Tornou possível também que se iniciasse uma das épocas mais grandiosas da história de Portugal, a época dos descobrimentos.
A 14 de Agosto de 1385, no planalto onde hoje se situa a aldeia de S. Jorge, concelho de Porto de Mós, distrito de Leiria, confrontaram-se dois pretendentes ao trono de Portugal: D. João I de Castela e Leão, e o D. João I, Mestre de Avis, que fora aclamado Rei de Portugal, quatro meses antes, nas Cortes de Coimbra. O exército castelhano era numérica e militarmente superior ao português. D. Nuno Álvares Pereira, com o seu pequeno grupo de cavaleiros e peões, implementou um sistema táctico antes e durante o confronto que levou Portugal à vitória."

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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

REGICÍDIO


Faz esta semana 101 anos sobre este acontecimento que mudou o rumo da nossa história. Pois foi o golpe mortal, na já muito doente Monarquia, e abriu o caminho para a implantação da República em Outubro de 1910.
Segue-se um artigo de um jornal da época em que é relatado o acontecimento:

O REI D. CARLOS E O PRÍNCIPE REAL ABATIDOS A TIRO NO TERREIRO DO PAÇO

" Lisboa, 1 de Feveiro de 1908

Eram 5 e 30 da tarde. Quando a carruagem que transportava o rei, a rainha e os príncipes, regressados de Vila Viçosa, voltava do Terreiro do Paço para a rua do Arsenal, soaram tiros. Um popular aproximou-se da carruagem descoberta e desfechou uma carabina sobre o rei. A rainha, o príncipe real D. Luís Filipe e o infante D. Manuel levantaram-se para proteger D. Carlos mas dois novos tiros disparados por outro indivíduo atingiram mortalmente D. Luís Filipe. D. Manuel ficou ferido num braço. A rainha procurou afastar os agressores, o cocheiro fustigou os cavalos e entrou, com a carruagem crivada de balas, no pátio do Arsenal.
Os regicidas Manuel da Silva Buíça e Alfredo Luís Costa, foram imediatamente abatidos. Um oficial de ourives, José Sabino Costa, que ia colocar uma carta no correio, foi tido também como regicida e morto por engano.
Os vários tiros disparados no local feriram alguns populares, que tiveram de ser socorridos.
À noite, os cadáveres do rei e do princípe foram levados, sob escolta, para o Palácio das Necessidades, onde foram recebidos pelo médico de serviço, D. Tomás de Melo Breyner".
in Vários, Diário da História de Portugal, Selecções do Reader´s Digest
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